Principais destaques IFSO 2016

Aconteceu de 28 de Setembro a 1 de Outubro no Rio de Janeiro o 21º Congresso Mundial da IFSO (Federação Internacional da Cirurgia da Obesidade e Distúrbios Metabólicos), que reuniu mais de 2,5 mil cirurgiões, endocrinologistas, clínicos, psiquiatras, psicólogos e profissionais de diversas especialidades para debater avanços e obstáculos no tratamento cirúrgico da obesidade e suas doenças associadas.

A programação científica desta edição foi bem ampla: incluiu novas tecnologias e procedimentos experimentais, simulações matemáticas de custo-benefício, trabalhos sobre a importância da flora intestinal, complicações da cirurgia bariátrica e metabólica, as promessas da cirurgia robótica e a situação dos pacientes nos cinco continentes. O foco, no entanto, se concentrou na nova diretriz mundial para o tratamento cirúrgico do diabetes mellitus tipo 2 em pacientes com obesidade leve.

O Medscape entrevistou o Dr. Ricardo Cohen, presidente do 21º Congresso Mundial da IFSO, em São Paulo. “É a maior conferência mundial em número de inscritos”, diz, entusiasmado. O sucesso da convocatória se deve, em parte, ao fato de que, pela primeira vez, se reunirão na mesma conferência os capítulos da IFSO de Oriente Médio, Ásia, e América Latina. O simpósio de Oriente Médio, por exemplo, deve trazer para o Rio especialistas de Kuwait, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Egito, Iran e Israel.

A sessão em espanhol vai cobrir os Hot Topics com profissionais da America Latina e da Espanha. Outra razão para o sucesso no quórum é o alto número de cirurgias bariátricas e metabólicas realizadas no país. Só em 2015 foram 95.000 procedimentos realizados, o que coloca o Brasil no segundo colocado mundial em número de procedimentos e também confere uma posição de destaque ao país em nível de pesquisa na área.

“Vamos comemorar os 50 anos do bypass gástrico, descrito pelos pioneiros dos Estados Unidos e do Brasil, que são hoje os dois países com mais experiência do mundo. Vamos poder ouvir o Dr. Henry Buchwald (EUA), pioneiro no mundo, e o Dr. Arthur Garrido, primeiro no Brasil. Virá também o Dr. Alan Wittgrove, que fez no ano de 1996 a primeira laparoscopia”, conta o Dr. Cohen.

O presidente do congresso enumera ainda outros destaques, como a consolidação das indicações cirúrgicas para os diabéticos não controlados com IMC abaixo de 35, e o avanço da proposta da indicação da cirurgia junto ao Conselho Federal de Medicina, além do posicionamento sobre a cirurgia em adolescentes e crianças. Leia a entrevista AQUI.